sábado, 5 de março de 2011

O barulho voltou a Fortaleza!

Depois de muita espera elas voltaram. Voltaram para animar a festa do fortalezense, que não
se rendeu ao “agito” das praias, ao frio da serra, ou a qualquer outro atrativo que o Ceará
disponha, em momento de festa. Voltaram porque já era tempo (e a prefeitura super acertou
na escolha). Voltaram pra brincar com a criançada e com um monte de gente que se dispôs
a “entrar na dança”. A saudade já estava apertando, e antes que a crise se estabelecesse,
renasceu a canção. Logo ali, na Praia de Iracema, no cartão postal, no Lago do Mincharia.
Frente-mar da Capital.

Previsto para iniciar as 19:00, começou com meia hora de atraso. Nada que incomodasse, para
quem esperou mais de um ano para (re)ouvir o barulinho ao vivo. Tudo pronto e lá vamos nós,
em meio ao um bom numero de adultos, que erguiam suas crianças, para ver as tias e os tios,

tocando lá na frente. Salve as tias Chicas! E também os tios, poetas, músicos, artistas,
Carlos Bernardo e Pedro Rocha.

E o repertório se cumpriu. “Ciranda do Mosquito”, “Alô Liberdade”, “ABC do Sertão”, “Cidade
Ideal”, “O Galo Cantou”, “O Som dos Bichos” (e a tradicional girafa que não fala), “Urubu
tá com raiva do Boi”, “Os Bichinhos e o Homem”, “A veia debaixo da cama”, tudo isso com
a platéia em pé. Aí gentilmente fomos convidad@s a sentar. Apreciar o barulho, a ação e a
encenação, sentadinhos, feito adultos “comportados”.

Então baixinhos, agora da altura dos nossos pequenos, o espetáculo seguiu. Aí vieram: “Meu
Pião”, “Boi de Luzia” (tia Isa soltinha com o boi), o mix; “Comer, comer”, “Feijão
maravilha”, “Quem quer pão?”; depois, “Espingarda de rolha” (com direito a também
tradicional “tiro de água” da tia Amora), “Dono da Terra”, “Se enamora”, “A Lenda do Pégaso”
e finalizando “Lindo Balão Azul”.

E fim. Platéia de pé. Aplausos. Crianças ao pé do palco, olhando para as tias, para os tios, para
os brinquedos, para toda aquela bagunça. Amigos unidos. E o agradecimento. Depois o aviso,
dado por Paula: “amanhã haverá mais”. No aterro. Show para os altinhos dessa vez.

Moral da história: o show (para variar) foi ótimo. Momento de aproveitar musica boa, musica
nossa. Os cearenses mais uma vez agradecem a oportunidade de não só ouvir, mas sim
participar de um trabalho tão leve e envolvente. Show completo para um sábado de carnaval
nada atrativo, na cidade, que vez outra esquece o valor de momentos (realmente) culturais.

Que voltem sempre. Que voltem logo. A casa é nossa. E um show desses a gente não “rebola
no mato”. #coisasdoCeará

Texto: Thaty Nascimento

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